RISCOS OCUPACIONAIS DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO CEARÁ
DOI:
https://doi.org/10.36925/sanare.v20i2.1342Resumo
Este estudo teve por objetivo analisar riscos ocupacionais e medidas preventivas adotados pelos agentes comunitários de saúde (ACS) de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Ceará. Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva e abordagem qualitativa realizado em março de 2019, com seis ACS de uma UBS do Ceará. A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um questionário contendo 15 questões e por meio de entrevistas semiestruturadas e individuais. Os dados foram organizados e computados utilizando o programa Microsoft Excel 2016. Há predominância do sexo feminino na profissão e uma média de idade de 34 anos. A maioria dos ACS buscou uma formação de maior nível e está atuando no mesmo território há mais de cinco anos, sendo um grupo de baixa rotatividade dentro da UBS. Dentre os profissionais, 100% identificaram riscos durante a realização do seu trabalho. Evidenciou-se que o processo de trabalho desses ACS vem acarretando consequências em sua saúde e qualidade de vida. Vale ressaltar que eles afirmam conhecer e adotar medidas de segurança durante a execução do trabalho, principalmente os cuidados no trânsito e uso de proteção solar.
Referências
Arantes LJ, Shimizu HE, Merchán-Hamann E. Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciênc Saúde Colet. 2016; 21(5):1499-1510.
Macinko J, Mendonça CS. Estratégia Saúde da Família, um forte modelo de Atenção Primária à Saúde que traz resultados. Saúde debate. 2018; 42(1):18-37.
Pinto LF, Giovanella L. Do Programa à Estratégia Saúde da Família: expansão do acesso e redução das internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB). Ciênc Saúde Colet. 2018; 23(6):1903-1914.
Ávila MMM. O Programa de Agentes Comunitários de Saúde no Ceará: o caso de Uruburetama. Ciênc Saúde Colet. 2011; 16(1):349-360.
Alonso CMC, Béguin PD, Duarte FJCM. Work of community health agents in the Family Health Strategy: meta-synthesis. Rev Saúde Púb. 2018; 52:14.
Samudio JLP, Brant LC, Martins ACFDC, Vieira MA, Sampaio CA. Agentes comunitários de saúde na Atenção Primária no Brasil: multiplicidade de atividades e fragilização da formação. Trabalho, Educação e Saúde. 2017; 15(3):745-769.
Atlas do Censo Demográfico 2010. Referências. IBGE. MALHA municipal digital do Brasil: situação em 2000 e 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2012.
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução nº 466, de 12 dez 2012. Brasília (DF); 2012.
Simas PRP, Pinto ICM. Trabalho em saúde: retrato dos agentes comunitários de saúde da região Nordeste do Brasil. Ciênc Saúde Colet. 2017; 22(6):1865-1876.
Guimarães MSA, Sousa MF,Mucari TB. Perfil Sociodemográfico dos Agentes Comunitários de Saúde da Estratégia Saúde da Família no Município de Palmas-TO. Rev Desafios. 2017; 4(3):60-72.
Pedraza DF, Santos I. Perfil e atuação do agente comunitário de saúde no contexto da Estratégia Saúde da Família em dois municípios da Paraíba. Interações (Campo Grande). 2017; 18(3):97105.
Garcia ACP, Lima RCD, Lima EFA, Galavote HS, Andrade MAC. Perfil y el Proceso de Trabajo de los Agentes Comunitarios de Salud. Rev Pesqui (Univ. Fed. Estado Rio J., Online). 2019; 11(2): 339-44.
Bandeira FC, Gonçalves LG. A dimensão educativa do trabalho do agente comunitário de saúde: um percurso pelas diretrizes. Comunicações Piracicaba. 2019; 26(3):3-22.
Cabral JF, Gleriano JS, Nascimento JDM. Perfil sociodemográfico e formação profissional de agentes comunitários de saúde. Rev Interdisciplinar de Estudos em saúde da UNIARP. 2019; 9(2):193-209.
Brasil. Norma Regulamentadora – 9. NR – 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Brasília (DF): Ministério do Trabalho e Emprego; 2009.
Cândido AS, Ferreira RJ. Riscos à Saúde e à Segurança no Trabalho do Agente de Combate as Endemias do Município de Campos Sales, Ceará, Brasil. Ensaios Cienc, Cienc Biol Agrar Saúde. 2017; 21(1):52-57.
Junior ARF, Torres ARA, Silva CMA. Condições laborais dos agentes de combate a endemias e seus efeitos à saúde. Essentia. 2015; 16(esp):75-95.
Costa CMC, Costa LM, Silva BG, Moreira RS. Promovendo a saúde do trabalhador: enfoque no agente comunitário de saúde. In: Anais Congresso Brasileiro de Medicina de Família Comunidade; 2013; Belém, Brasil. Belém: CBMFC; 2013. p. 12:1554.
Barreto ICHC, Pessoa VM, Sousa MFA, Nuto SAS, Freitas RWJF, et al. Complexidade e potencialidade do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde no Brasil contemporâneo. Saúde debate. 2018; 42(esp 1):114-129.
Benício LFS, Barros JPP. Estratégia Saúde da Família e Violência Urbana: abordagens e práticas sociais em questão. Sanare (Sobral, Online). 2017; 16(1):102-112.
Alonso CMC, Béguin PD, Duarte FJCM. Trabalho dos agentes comunitários de saúde na Estratégia Saúde da Família: metassíntese. Rev Saúde Pública. 2018; 52(14).
Santos AC, Hoppe AS, Krug SBF. Agente Comunitário de Saúde: implicações dos custos humanos laborais na saúde do trabalhador. Physis. 2019; 28(4):e280403.
Almeida MCS, Baptista PCP, Silva A. Acidentes de trabalho com agentes comunitários de saúde. Rev Enferm UERJ. 2016; 24(5).
Morosini MV, Fonseca AF. Os agentes comunitários na Atenção Primária à Saúde no Brasil: inventário de conquistas e desafios. Saúde debate. 2018; 42(esp):261-274.
