FORTALECIMENTO DA IDENTIDADE E O CUIDADO EM SAÚDE: PERSPECTIVAS DA BIODANÇA NA COMUNIDADE

Autores

  • Vanessa Bezerra da Cunha UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
  • Rose Danielle Carvalho Batista UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
  • Camila Siqueira Cronemberger Freitas UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

DOI:

https://doi.org/10.36925/sanare.v19i2.1393

Resumo

Este artigo objetiva compreender o fortalecimento da identidade e o cuidado em saúde através da prática da Biodança na comunidade. A pesquisa de campo de abordagem qualitativa com caráter descritivo exploratório foi realizada por meio de observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise de diário de campo, em um Centro Social na cidade de Teresina, Piauí, tendo como foco o Grupo de Biodança Aflorar. A proposta foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí com intuito de garantir os aspectos éticos necessários e foi aprovada com o número 3.286.836. O estudo evidencia que a Biodança fortalece o processo de reconhecimento e identidade do sujeito, trazendo benefícios de relaxamento e renovação pessoal, ampliação da conexão entre pares, potencializando a comunicação e a autonomia das pessoas. Percebe-se também que a visão do cuidado em saúde é ampliada por meio de uma maior compreensão de seus corpos e suas vivências possibilitando não apenas a busca pela prevenção, mas a melhoria da qualidade de vida. Constatou-se, dessa forma, uma maior conscientização a respeito da integração das pessoas consigo mesmas e com o mundo ao redor, indicando que a vivência de Biodança, de modo regular, facilita essa compreensão mais integrada da vida.

Descritores: Promoção da Saúde; Atenção à Saúde, Terapias Complementares; Biodança 

Biografia do Autor

Vanessa Bezerra da Cunha, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Psicóloga com pós graduação em Saúde da Família e Comunidade, pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI ,Teresina, Piauí.

Rose Danielle Carvalho Batista, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Psicóloga graduada pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Mestra em Saúde da Família pela RENASF/UFPI. Especialista em Saúde Pública pelo IBPEX/FACINTER. Especialista em Saúde da Família e Comunidade pela Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (UESPI). Facilitadora de Educação Permanente em Saúde pela EAD/ENSP/FIOCRUZ e de Desenvolvimento Comunitário. Facilitadora em formação de Biodança. Auriculoterapeuta. Psicóloga efetiva da Prefeitura Municipal de Floriano-PI/ Secretaria Municipal de Saúde. Atualmente Técnica do Núcleo de Educação Permanente em Saúde da Secretaria de Saúde de Floriano-PI. Preceptora da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da UESPI.

Camila Siqueira Cronemberger Freitas, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Psicóloga graduada pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Mestre (2010) em Educação, com área de pesquisa em Educação Especial e Inclusiva (UFPI). Professora Assistente III do curso de Psicologia, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Preceptora da Residência Mutiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (Categoria - Psicologia) RMSFC/UESPI. 

Referências

Ayres J R D C M. Sujeito, intersubjetividade e práticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 2001(acesso novembro 2019); v. 6, n. 1, p.63-72. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/s1413-81232001000100005.

Teixeira C F, Solla J P. Modelo de atenção à saúde: promoção, vigilância e saúde da família. Edufba, 2006 (acesso julho 2019) . Disponível em http://dx.doi.org/10.7476/9788523209209.

Gomes R et al. A atenção básica à saúde do homem sob a ótica do usuário: um estudo qualitativo em três serviços do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva, 2011(acesso dezembro 2019); v. 16, n. 11, p.4513-4521.Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/s1413-81232011001200024.

Declaração de Alma-Ata. Conferência Internacional sobre cuidados primários de saúde; 6-12 de setembro 1978; Alma-Ata; USSR. In: Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da Saúde. Declaração de Alma-Ata; Carta de Ottawa; Declaração de Adelaide; Declaração de Sundsvall; Declaração de Santafé de Bogotá; Declaração de Jacarta; Rede de Megapaíses; Declaração do México. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. p. 15.

Malta D C, Castro A M D. Promoção da saúde na Atenção Básica. Revista Brasileira de Saúde da Família, 2009 (acesso setembro 2019). Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/revista_brasiliera_saude_familia_n23_2009.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde: Portaria MS/GM n. 687, de 30 de março de 2006.

Calado, K. Biodança no SUS. Rede Humaniza SUS, 2018 (acesso em agosto 2018. Disponível em http://redehumanizasus.net/biodanca-no-sus/.

D’Alencar B P et al. Significado da Biodança como fonte de Liberdade e Autonomia na auto-reconquista no Viver Humano. Texto Contexto Enferm, 2006 (acesso em julho 2019). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v15nspe/v15nspea05.pdf.

Minayo M C D S et al. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 21 ed. Petrópolis: Vozes; 2002.

Gil A C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas ; 2008.

Bardin L. Análise de conteúdo. 70 ed. São Paulo: Edições; 2011.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde, Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, julho de 2018.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 510, de 7 de abril de 2016. Trata sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em ciências humanas e sociais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 maio 2016.

Ciampa A D C. Psicologia social: o homem em movimento. 1. ed. São Paulo: Brasiliense; 1984.

Ferreira E M. Biodanza e a expressão da identidade: dançando os critérios da identidade saudável em ambiente hostil. Monografia (Especialização), Rio de Janeiro - Curso de Facilitador de Biodanza, Educação, Escola de Biodanza Sistema Rolando Toro Rio-barra International Biocentric Foundation, 2012.

Santos M L P, Alberti A M, Retamosa G E, Rivera F J F, Acácio J D S, Lobo T. Biodanza Clínica – atenção à saúde e cuidado com a vida. Belo Horizonte, 2013.

Juan C A, Fernandez R, Afonso D S ,Daniele P S. Religião e saúde: para transformar ausências em presenças. Saude soc.Oct-Dec 2018. [acesso 11 de novembro 2020]; 27 (4). Disponível em : https://www.scielosp.org/article/sausoc/2018.v27n4/1058-1070/

Oliveira M R D, Junges J R. Saúde mental e espiritualidade/religiosidade: a visão de psicólogos. Estudos de Psicologia, 2012 (acesso em dezembro 2019) v. 17, n. 3. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2012000300016.

Pretty M E I et al. Biodanza en adultos mayores con enfermedades crónicas para la promoción de la salud. Archivos de Medicina (manizales), 2019 ( acesso em dezembro 2019) v. 19, n. 1. Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/2738/273859249006/html/index.html

Teixeira I M D C, Oliveira M W D. Práticas de cuidado à saúde de mulheres camponesas. Interface: Comunicação Saúde Educação, 2014 (acesso em novembro de 2019), v. 2, n. 18 Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/icse/v18s2/1807-5762-icse-18-s2-1341.pdf.

Mendes R, Fernandez J C A, Sacardo D P. Promoção da saúde e participação: abordagens e indagações. Saúde debate [Internet]. 2016 Mar [cited 2020 Nov 14] ; 40( 108 ): 190-203. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042016000100190&lng=en.

Czeresnia D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção. In: Czeresnia Dina, Freitas Carlos Machado de (org.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003, p. 39-53.

Ayres J R D C M. Sujeito, intersubjetividade e práticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 2001 (acesso em outubro 2019), v. 6, n. 1. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232001000100005&script=sci_abstract&tlng=pt.

Lopes A AF. Cuidado e Empoderamento: a construção do sujeito responsável por sua saúde na experiência do diabetes. Saúde e Sociedade, 2015 (acesso em dezembro 2019), v. 24, n. 2. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902015000200486&script=sci_abstract&tlng=pt.

Silva H. A Biodanza um caminho para a Vitalidade. Monografia (Especialização) Lisboa: Curso de Formação Para Facilitadores de Biodanza, Educação, Escola de Biodanza de Lisboa; 2014.

Góis C W D L, Ribeiro K G. Biodança, saúde e qualidade de vida: uma perspectiva integral do organismo. Pensamento Biocêntrico, 2008 (acesso em agosto de 2019); n. 10, p.43-65. Disponível em: http://www.pensamentobiocentrico.com.br/content/edicoes/revista-10-03.pdf.

Dias A M D S. A po-ética do encontro humano: um estudo da biodanza como mediação da educação biocêntrica na transformação do emocionar para novas posturas éticas. Tese (Doutorado) Paraíba: Curso de Biodança, Educação, Universidade Federal da Paraí¬ba; 2013.

Freitas F. Consciência e Biodanza: Epistemologia e Vivência para o Ser Universal. Monografia (Especialização) Belo Horizonte: Curso de Docente em Biodanza, Escola de Biodanza Sistema Rolando Toro de Belo Horizonte; 2009.

Publicado

23.09.2021

Como Citar

da Cunha, V. B., Batista, R. D. C., & Freitas, C. S. C. (2021). FORTALECIMENTO DA IDENTIDADE E O CUIDADO EM SAÚDE: PERSPECTIVAS DA BIODANÇA NA COMUNIDADE. SANARE - Revista De Políticas Públicas, 19(2). https://doi.org/10.36925/sanare.v19i2.1393