PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO NORDESTE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.36925/sanare.v23i2.1743Resumo
Descrever o perfil clínico-epidemiológico das intoxicações exógenas ocorridas em crianças e adolescentes em Feira de Santana, Bahia, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, baseado em dados secundários, extraídos no período de 2011 a 2022. As variáveis analisadas foram: ano de ocorrência, sexo, faixa etária, agente tóxico, circunstâncias, local de exposição e evolução do caso. Os dados foram analisados através do software Microsoft Excel (2019). 479 casos confirmados de intoxicação exógena, sendo o sexo feminino mais frequente (56,4%) e o ano de 2013 de maior ocorrência (n=57). As faixas etárias mais acometidas foram: 15 a 19 anos (39,9%) e 1 a 4 anos (33,4%). O principal agente tóxico foi o uso de medicamentos (48,4%). A residência foi o local de exposição mais frequente (64,5%). Ocorrências acidentais foram mais recorrentes (38,2%), principalmente entre crianças (83,8%), enquanto a tentativa de suicídio entre adolescentes (61,8%). Os casos ignorados/brancos apresentaram elevada frequência, principalmente, para a variável local de exposição (31,9%). Os resultados apontam a necessidade de implementação de medidas estratégicas, com destaque para a educação em saúde, a fim de prevenir casos de intoxicação exógena, principalmente entre crianças e adolescentes.