PREVALÊNCIA DE PRESCRIÇÃO DE PSICOTRÓPICOS A IDOSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36925/sanare.v22i2.1744

Resumo

Objetivos: Descrever a prevalência de prescrição de psicotrópicos e fatores relacionados entre idosos atendidos na Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Estudo transversal realizado em Marau, Rio Grande do Sul, com idosos atendidos na APS no ano de 2019. Os dados foram coletados de prontuários eletrônicos e contemplaram características sociodemográficas, de saúde e comportamentais. Foi calculada a prevalência da prescrição de medicamentos psicotrópicos (variável dependente) com intervalo de confiança de 95% (IC95), o quantitativo e os tipos prescritos. Também foi verificada a distribuição da prevalência de prescrição de medicamentos psicotrópicos conforme as variáveis de exposição (independentes) empregando-se o teste do qui-quadrado e admitindo-se erro tipo I de 5%. Resultados: Na amostra (n=1.728), a prevalência de prescrição de psicotrópicos foi de 41% (IC95 39-43), com diferença estatisticamente significativa em relação ao sexo (48,9% entre mulheres; p<0,001), à cor da pele (42,6% em brancos; p=0,014), à polifarmácia (53,7% polimedicados; p<0,001) e ao diagnóstico de problema de saúde mental (88,1% diagnosticados com transtorno mental; p<0,001). Além disso, dentre as classes estudadas, os antidepressivos tiveram maior frequência (78,2%) e constatou-se o uso de uma classe de psicofármaco, em maior parte (71,2%), pelo grupo analisado. Conclusões: A prevalência de prescrição de psicotrópicos é elevada entre os idosos, especialmente entre mulheres, brancas, polimedicadas e com diagnóstico de algum transtorno mental. Assim, é importante que os profissionais de saúde atentem à real necessidade de uso, qualificando a APS e moldando a medicalização atual dos psicofármacos, de forma que melhore a qualidade de vida da população idosa.

Biografia do Autor

Ana Larissa Gonçalves da Silva, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS (Campus Passo Fundo)

Acadêmica de Medicina na Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Passo Fundo.

Marindia Biffi, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS (Campus Passo Fundo)

Médica, Especialista em Medicina de Família e Comunidade, Mestre em Avaliação e Produção de Tecnologias para o SUS, Professora Adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS - Campus Passo Fundo.

Bruna Chaves Lopes, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS (Campus Passo Fundo)

Possui graduação em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas (2003), Residência Médica em Psiquiatria pela Universidade Federal de Pelotas(2006) e Mestrado em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo (2012). Atualmente é preceptora da Residência de Psiquiatria do Hospital de Clínicas, vinculada a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), docente do Curso de Medicina da UFFS, nas disciplinas de Atenção Integral à Saúde Mental e a Psiquiatria I e II, Seminário Integrador e Internato Médico. 

Gustavo Olszanski Acrani, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS (Campus Passo Fundo)

Gustavo Olszanski Acrani é professor adjunto, com dedicação exclusiva, no curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), na cidade de Passo Fundo-RS. Possui graduação (Bacharelado e Licenciatura) em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (2001), mestrado (2004) e doutorado (2009) em Biologia Celular e Molecular pelo Departamento de Biologia Celular, Molecular e Bioagentes Patogênicos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP). Possui Pós doutorado concluído com bolsa FAPESP realizado na FMRP-USP e na University of St Andrews, Escócia e pós Doutorado bolsista BEPE-FAPESP na University of Glasgow, Escócia. Possui experiência nas áreas de Biologia Celular e Molecular e Microbiologia, com ênfase em Virologia, atuando principalmente nos temas de arboviroses, HPV e COVID-19 (apoptose induzida por vírus, obtenção de vírus recombinantes, detecção de vírus por métodos moleculares). Atua ainda em estudos epidemiológicos de natureza transversal com enfoque em desfechos importantes para saúde coletiva e atenção primária à saúde. É vice-líder do Grupo de Pesquisa do CNPq "Inovação em Saúde Coletiva: polí­ticas, saberes e práticas de promoção da saúde" (início em 2021).

Ivana Loraine Lindemann, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS (Campus Passo Fundo)

Graduação em Nutrição. Mestrado em Epidemiologia. Doutorado em Ciências da Saúde. Prof Associada da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS - campus Passo Fundo, RS).

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Publicado

29.12.2023

Como Citar

da Silva, A. L. G., Biffi, M., Lopes, B. C., Acrani, G. O., & Lindemann, I. L. (2023). PREVALÊNCIA DE PRESCRIÇÃO DE PSICOTRÓPICOS A IDOSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. SANARE - Revista De Políticas Públicas, 22(2). https://doi.org/10.36925/sanare.v22i2.1744