REPERCUSSÕES CARDÍACAS DA COVID-19: MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DO SARS-COV-2 NA BRADICARDIA

Mateus Teles Aguiar; Raimundo Fabrício  Paiva Pinto; José Jordan de Menezes Magalhães; Maria Clara Moreira Santiago; Sandrielle Maria Brito do Nascimento; Eládio Pessoa de Andrade Filho

Autores

Mateus Teles Aguiar Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0009-0002-8980-7136
Raimundo Fabrício Paiva Pinto Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0000-0003-4814-8031
José Jordan de Menezes Magalhães Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0009-0006-6393-1963
Maria Clara Moreira Santiago Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0009-0004-3661-2604
Sandrielle Maria Brito do Nascimento Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0009-0001-1564-6184
Eládio Pessoa de Andrade Filho Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0009-0004-3081-3667

Resumo

O objetivo deste estudo é relacionar bradiarritmias às manifestações da COVID-19 e elencar hipóteses dos mecanismos fisiopatológicos. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura feita com artigos selecionados a partir dos bancos de pesquisas PubMed e BVS, com os descritores “Bradycardia”, “Pathophysiology”, “Sars-Cov-2”, “Coronavirus Infections” e “Covid-19”, articulados com o operador booleano AND e OR. Para compor o estudo, foi empregado um filtro de seleção para artigos de, no máximo, 5 anos, sem especificação linguística. Assim, após aplicados os critérios de exclusão, foram analisados 16 artigos. A bradicardia na COVID-19 está relacionada a mecanismos fisiopatológicos como invasão cardíaca direta pelo SARS-CoV-2 via receptores ECA-2, hipóxia que compromete a condução elétrica cardíaca, tempestade de citocinas alterando canais iônicos e gerando canalopatias inflamatórias, uso de medicamentos como remdesivir e lopinavir/ritonavir associados a disfunções mitocondriais, além de desequilíbrios eletrolíticos (hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia) que agravam arritmias e contribuem para danos cardíacos multifatoriais. Lesões miocárdicas na COVID-19 estão associadas a mortalidade elevada, envolvendo fisiopatologia multifatorial. Estudos futuros devem investigar bradicardia, sequelas cardíacas e diretrizes terapêuticas para manejo e prognóstico.