CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE PRÁTICAS CORPORAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM SOBRAL - CEARÁ

Autores

  • Anagécia Sousa Linhares
  • André Luis Façanha da Silva

Resumo

O presente estudo busca caracterizar o público atendido no grupo de práticas corporais na Estratégia Saúde da Família do
bairro Vila União, Sobral - CE. Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, exploratória e descritiva a partir do banco de dados do Sistema de Informação e Monitoramento da Avaliação Corporal Integrada - SIMACI, sistema estatístico com informações das usuárias cadastradas nos grupos de práticas corporais e o foco nas informações do bairro Vila União. A população estudada compõe-se do sexo feminino, entre adultas e idosas, 48,4% são casada, 87% de cor parda, 32,3% são aposentadas e 57,9% declararam viver com menos de um salário mínimo. Todas possuem filhos, nenhuma mora sozinha e 35,5% são analfabetas.
Quanto ao perfil epidemiológico, 51,6% apresentam sobrepeso. A hipertensão se destacou nos problemas de saúde autorreferidos e nos antecedentes familiares. Em relação ao estilo de vida, 87,1% garantiram não ser tabagistas, 77,4% não consumirem bebida alcoólica e 67,7% afirmaram estar satisfeitas tanto com o seu corpo quanto com o seu peso. Vislumbra-se a necessidade de criação de práticas corporais e de saúde voltadas a atender às necessidades dos usuários de outros ciclos de vida. É fundamental reavaliações e monitoramento dos grupos, bem como disseminar os resultados aos usuários, gestores, profissionais de saúde e
controle social. Este estudo contribuiu para um olhar mais ampliado do Sistema Único de Saúde, percebendo que deve dar enfoque no sujeito e na comunidade em que este está inserido, e não somente na doença.

Referências

World Health Organization (WHO). Organização Pan-

Americana da Saúde. Prevenção de doenças crônicas: um

investimento vital. Geneva: WHO; 2005. p.

Carvalho YM. Promoção da saúde, práticas corporais e

atenção básica. RBSF 2006; 11 (7):33-45.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância

em Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Brasília:

MS; 2006. 60 p.

Nakamura PM, Papini CB, Chiyoda A, Gomes GAO, Netto

AV, Teixeira IP, et al. Programa de intervenção para a prática

de atividade física: saúde ativa Rio Claro. Rev Bras Ativ Fís

Saúde 2010; 15(2):128-32.

Warschauer M, Carvalho YM, Martins CL, Freitas FF. As

escolhas das práticas corporais e dos profissionais que as

conduzem nas unidades básicas de saúde do distrito Butantã-

SP. São Paulo: Instituto Butantã; 2009.

Portella MR. Grupos de terceira idade: a construção da

utopia do envelhecer saudável. Passo Fundo (RS): UPF; 2004.

Estrela AL. Medidas e Avaliação em Educação Física. Rio

Grande do Sul: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande

do Sul; 2006.

Cabral IE, Tyrrel MART. O objeto de estudo e a abordagem

de pesquisa qualitativa na enfermagem. In: Gauthier JHM,

Cabral IE, Santos I, Tavares CMM. Pesquisa em Enfermagem

novas metodologias aplicadas. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan; 1998.

Marconi MA, Lakatos EM. Técnicas de pesquisa.

Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas;

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Protocolos do Sistema

de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN na assistência

à saúde. Brasília: MS; 2008.

World Health Organization (WHO). The World Report

Geneva: WHO; 2000.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira

de Hipertensão. Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI

Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010;

(1 supl.1): 1-51.

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da

Sociedade Brasileira de Diabetes – 2009. 3ª ed. Itapevi (SP):

SBD; 2009.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância

em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.

Vigitel Brasil 2009: vigilância de fatores de risco e proteção

para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: MS;

Salles-Costa R, Heilborn ML, Werneck GL, Faerstein E,

Lopes CS. Gênero e prática de atividade física de lazer. Cad

Saude Publica 2003; 19(2):325-33.

Palma A. Atividade física, processo saúde-doença e

condições sócio-econômicas: uma revisão de literatura. Rev

Paul Educ Fís. 2000; 14(1):97-106.

Andreotti MC, Okuma SS. Perfil sócio demográfico e de

adesão inicial de idosos ingressantes em um programa de

educação física. Rev Paul Educ Fís. 2003; 17(2):142-53.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estudos e Pesquisas, Informação Demográfica e Sócioeconômica:

Síntese de Indicadores Sociais 2010. Rio de

Janeiro: IBGE; 2010.

Gáspari JC, Schwartz GM. O idoso e a ressignificação

emocional do lazer. Psic: Teor e Pesq. 2005; 21(1) 69-76.

Coutinho JG, Gentil PC, Toral N. A desnutrição e

obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda

única da nutrição. Cad Saude Publica 2008; 24(2):332-40.

Martins ISM, Marinho SP. O potencial Diagnóstico dos

Indicadores da obesidade Centralizada. Rev Saude Publica

; 37(6):760-7.

Faludi AA, Mastrocolla LE, Bertolami MC. Atuação do

Exercício Físico sobre os Fatores de Risco para as Doenças

Cardiovasculares. Revista SOCESP 1996; 1(1):1-5.

Campaine BN. Manual de pesquisa: das diretrizes do ACSM

para os testes de esforço e sua prescrição. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan; 2003.

Pitanga FJG. Epidemiologia, atividade física e saúde. Rev

Bras Ci e Mov. 2002; 10(3):49-54.

Leitao MB, Lazzoli JK, Oliveira MSB, Nóbrega ACL, Silveira

GG, Carvalho T, et al. Posicionamento oficial da Sociedade

Brasileira de Medicina do Esporte:. Atividade fisica e Saúde

na Mulher. Rev Bras Med Esporte 2000; 6(6):215-20.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). A Construção de Vidas

Mais Saudáveis. Brasília: MS; 2002.

Tamayo A. Prioridades axiológicas, atividade física e

estresse ocupacional. Rev. adm. Contemp., 2001; 5(3):127-

Caetano AS, Tavares MCGCF, Lopes MHBM, Poloni RL.

Influência da atividade física na qualidade de vida e autoimagem

de mulheres incontinentes. Rev Bras Med Esporte

; 15(2):93-7.

Silva ALF, Sousa AMM, Lopes CET, Pontes FC, Oliveira

FCS, Teixeira MN, et al. Educação Física na Atenção Primária

à Saúde em Sobral-Ceará: Desenhando saberes e fazeres

integralizados. Sanare 2009; 8(2):63-72.

Downloads

Publicado

01.10.2014

Como Citar

Linhares, A. S., & Façanha da Silva, A. L. (2014). CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE PRÁTICAS CORPORAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM SOBRAL - CEARÁ. SANARE - Revista De Políticas Públicas, 13(1). Recuperado de https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/433