PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA UTI NEONATAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL NO ANO DE 2009

Autores

  • Karina Oliveira de Mesquita
  • Elaine Cristina Bezerra Almeida
  • Gleiciane Kélen Lima
  • Isa Carolina Ximenes Dias
  • Verônica Érica Araújo da Silva
  • Maria Socorro Carneiro Linhares

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos que adquiriram infecção hospitalar em 2009 numa unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de um estudo documental e epidemiológico descritivo com abordagem quantitativa, no qual os sujeitos foram constituídos dos 40 neonatos que adquiriram infecção. O estudo foi desenvolvido na Santa Casa de Misericórdia de Sobral e os dados coletados a partir do Sistema de Controle de Infecção Hospitalar. Os resultados apontaram uma maior incidência de infecção em neonatos pré-termos (77,5%) e com diagnóstico de sepse clínica confirmada (75%). Destes, apenas 23% foram confirmadas laboratorialmente e os organismos mais isolados foram a Klebisiella pneumoniae, Acinetobacter sp. e Staphylococcus aureus. São múltiplos os fatores que influenciam a ocorrência das infecções hospitalares, por isso faz-se necessário a adoção de medidas mais ativas para prevenção e, consequente impacto na redução da mortalidade infantil.

Referências

Vranjac A. Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo – Análise dos dados de 2005. Rev. Saúde Pública. 2007; 41(4): 674-683.

Brasil, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Portaria

616/MS/GM. Brasília; 1998. [citado em 29 março de 2011]. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/2616_98.htm

Soares CHA, Linhares MSC. Vigilância á saúde no município de Sobral-CE: Aspectos históricos, conceituais e atuação na saúde pública. SANARE 2008; 8 (1): 5-7.

Menezes EA. et al. Frequency and susceptibility percentile of bacteria isolated in patients assisted in the Intensive Care Unit of the General Hospital of Fortaleza. J Bras Patol Med Lab. 2007; 43(3):149-155.

Contreras-Cuellar, GA. et al. Device-associated infections in a Colombian Neonatal Intensive Care Unit. Rev. Salud Pública 2007; 9(3):439-447.

Mammina C. et al. Surveillance of multidrug-resistant gram-negative bacilli in a neonatal intensive care unit: prominent role of cross transmission. American Journal of Infection Control. 2007; 35(4):222-230.

Calil R. Diagnóstico das infecções hospitalares em recém-nascidos In: Richtmann R. Diagnóstico e prevenção de infecção hospitalar em neonatologia. São Paulo: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar; 2001.p. 29-41.

Lopes GK, Rossetto EG, Belei RA, Capobiango JD, Matsuo T. Estudo epidemiológico das infecções neonatais no Hospital Universitário de Londrina, Estado do Paraná. Acta Sci. Health Sci. Maringa; 2008; 30(1): 55-63.

Souza ACS, Tipple AFV, Pereira MS, Prado MA, et al. Desafios para o controle de infecção nas instituições de saúde: percepção das enfermeiras. CiêncEnferm. 2000.

Silva MB, Grigolo TM. Metodologia para iniciação científica à prática da pesquisa e da extensão II. Caderno Pedagógico. Florianópolis: Udesc, 2002.

Lima-costa MF, Barreto SM. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Vol. 12. N° 4. 2003.

Minayo A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo. Moderna. 2000.

Silva RCC, Linhares JM, Andrade AP, Fontenele FMC. Vigilância á saúde no município de Sobral-CE: Aspectos históricos, conceituais e atuação na saúde pública. SANARE 2008; 7 (1): 75-79.

Pinheiro MSB, Nicoletti C, Boszczowsk I, Puccini DMT, Ramos SRTS. Infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: há influência do local de nascimento? Rev. paul. pediatr. [serial on the Internet]. 2009 Mar [cited 2011 Mar 27] ; 27(1): 6-14. Available from:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010305822009000100002&lng=en. doi: 10.1590/S0103-05822009000100002.

Laurenti R, Jorge MHPM, Gotlieb SLD. A mortalidade materna nas capitais brasileiras: algumas características e estimativa de um fator de ajuste. Rev. Bras Epidemiol. 2004; 7: 449-60.

Brasil, Ministério da Saúde. Manual dos Comitês de Mortalidade Materna. Série A: normas e manuais técnicos. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de ações programáticas estratégicas. Brasília; 2007.

Moura ERF et al. Fatores de risco para síndrome hipertensiva específica da gestação entre mulheres hospitalizadas com pré-eclâmpsia. Cogitare Enferm. 2010; 15(2): 250-5

Takiuti NH, Kahhale S. Estresse e pré-eclâmpsia. Rev. Assoc Med Bras, 2001; 47(2): 88-9.

Mercer BM. Preterm premature rupture of the membrane. Obstet Gynecol 2003; 101: 178-93

Furman B, Shoham-Vardi I, Bashiri A, Erez O, Mazor M. Clinical significance and outcome of preterm prelabor rupture of membranes: population- band study. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol; 2000; 92: 209-16

Pinheiro RS et al. Sepse neonatal precoce associada com fatores de risco maternos. In: Congresso Brasileiro de Perinatologia. São Paulo: Socied Bras de Pediatr, 2004. p. 137.

Cimiotti JP, Haas J, Saiman L, Larson EL. Impact of staffing on bloodstream infections in the neonatal intensive care unit. Arch Pediatr Adolesc Med 2006; 160: 832-836.

Schwab F, Geffers C, Bärwolff S, Rüden H, Gastmeier P. Reducing neonatal nosocomial bloodstream infections through participation in a national surveillance system. J Hosp Infect 2007; 65: 319-325.

Downloads

Como Citar

Mesquita, K. O. de, Almeida, E. C. B., Lima, G. K., Dias, I. C. X., Silva, V. Érica A. da, & Linhares, M. S. C. (2013). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA UTI NEONATAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL NO ANO DE 2009. SANARE - Revista De Políticas Públicas, 9(2). Recuperado de https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/7