Promoção do envelhecimento saudável de residentes de uma instituição de longa permanência: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.36925/sanare.v19i2.1339Resumo
Objetivo: Descrever uma intervenção multifacetada em prol do envelhecimento saudável realizada por acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, em uma Instituição de Longa Permanência para idosas em Belo Horizonte, Minas Gerais. Metodologia: Elaboração de diagnóstico situacional de saúde, seguido de busca de evidências científicas sobre intervenções para promoção da saúde e implementação das estratégias mais efetivas junto às idosas residentes na Instituição de Longa Permanência. Grupos de Musicoterapia; Atividades Cognitivas; Caminhada e Yoga/Otago foram desenvolvidos semanalmente por duplas de acadêmicos no ano de 2017 e primeiro semestre de 2018. Resultados: Houve adesão das idosas às atividades propostas sendo musicoterapia e caminhadas, mais e menos popular, respectivamente. As atividades cognitivas proporcionaram aumento na capacidade de socialização e houve necessidade de adaptar a prática da Yoga/Otago. As práticas proporcionaram a construção de boa relação entre as idosas e os acadêmicos. Conclusão: As atividades realizadas apresentaram potencial para desenvolver as habilidades sociais e motoras das idosas residentes da Instituição. Houve aprovação das intervenções realizadas, mas a frequência, intensidade e duração das atividades foram insuficientes para comprovação científica dos seus efeitos.
Referências
Camarano AA, Kanso S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Revista brasileira de estudos de população 2010; v. 27, n. 1, p. 232-235.
Paradella R. Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Editora estatísticas sociais [Internet], 26 abr. 2018 [cited 2019 Feb 04]. Available from: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017.
Rabelo DF, Neri AL. Intervenções psicossociais com grupos de idosos. Revista Kairós: Gerontologia 2013; v. 16, n. 4, p. 43-63.
Brasil. Ministério da Saúde: Secretaria de Atenção à Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. 2006 [cited 2017 nov 07]. Available from: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf.
Leonardo KC, Talmelli LFS, Diniz MA, Fhon JRS, Fabrício-Wehbe SCC, Rodrigues RAP. Avaliação do estado cognitivo e fragilidade em idosos mais velhos, residentes no domicílio. Cienc Cuid Saude 2014, v. 13, n. 1, p. 120-7.
Organização mundial da saúde. Resumo relatório mundial de envelhecimento e saúde 2015 [cited 2017 nov 07]. Available from: http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf.
Rowe JW, Kahn RL. Human aging: usual and successful. Science 1987, v. 237, n. 4811, p. 143-149.
Davim RMB, Dantas SMM, Lima VM, Lima JFV. O lazer diário como fator de qualidade de vida: o que pensa um grupo da terceira idade. Ciência, Cuidado e Saúde 2008, v. 2, n. 1, p. 019-024.
Fleurí ACP, Almeida ACS, Diniz AJ, Magalhães LAD, Ferreira LHC, Prata MTM et al. Atividades lúdicas com idosos institucionalizados. Enfermagem Revista 2013, v. 16, n. 1, p. 50-57.
Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Lei Nº 10.741, de 1º de Outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências [cited 2019 feb 04], Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm
Campos FCC, Faria HP, Santos MA. Planejamento e avaliação das ações em saúde. Nescon/UFMG 2010 [cited 2019 feb 04]. Available from: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Planejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_2/3.
Castro VC, Carreira L. Leisure activities and attitude of institutionalized elderly people: a basis for nursing practice. Revista latino-americana de enfermagem 2015, v. 23, n. 2, p. 307-314.
Chanda ML, Levitin DJ. The neurochemistry of music. Trends in cognitive sciences 2013, v. 17, n. 4, p. 179-193.
Bottilori S, Rosi A, Russo R, Vecchi T, Cavallini E. The cognitive effects of listening to background music on older adults: processing speed improves with upbeat music, while memory seems to benefit from both upbeat and downbeat music. Frontiers in aging neuroscience 2014, v. 6, p. 284.
Machado ABM, Haretel LM. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
Li HC, Wang HC, Chou FH, Chen KM. The effect of music therapy on cognitive functioning among older adults: A systematic review and meta-analysis. Journal of the American Medical Directors Association 2015, v. 16, n. 1, p. 71-77.
Andrade EL, Matsudo SMM, Matsudo VKR, Araújo TL, Andrade DR, Oliveira LC et al. Barriers and motivational factors for physical activity adherence in elderly people in developing country. Med Sci Sports Exerc 2000, v. 33, n. 7, p. 141.
Souza IAL, Massi G, Berberian AP, Guarinello AC, Carnevale L. The impact of discursive linguistic activities in promoting the health of elderly people in a long-term care institution. Audiology-Communication Research 2015, v. 20, n. 2, p. 175-181.
Santos IB, Lucy G, Matos NM, Vale MS, Santos FB, Cardenas CJ et al. Workshops for cognitive stimulation adapted for elderly illiterate individuals with mild cognitive impairment. Revista brasileira de enfermagem 2012, v. 65, n. 6, p. 962-968.
Sobel BP. Bingo vs. physical intervention in stimulating short-term cognition in Alzheimer's disease patients. American Journal of Alzheimer's Disease & Other Dementias 2001, v. 16, n. 2, p. 115-120.
Chariglone IPF, Janczura GA. Contribuições de um treino cognitivo para a memória de idosos institucionalizados. Psico-USF 2013, v. 18, n. 1, p. 13-22.
Coelho CS, Coelho IC. Comparação dos benefícios obtidos através da caminhada e da hidroginástica para a terceira idade. Anais do II Encontro de Educação Física e Áreas Afins Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação Física (NEPEF) 2007. Piauí: Departamento de Educação Física, v. 26.
Nakatani AYK, Silva LB, Bachion MM, Nunes DP. Capacidade funcional em idosos na comunidade e propostas de intervenções pela equipe de saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem 2009, v. 11, n. 1. Available from: https://www.fen.ufg.br/revista/v11/n1/pdf/v11n1a18.pdf.
Maciel MG. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz: Revista de Educação Física 2010 [cited 2019 feb 11], Rio Claro, v. 16, n. 4, p. 1024-1032. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-65742010000400023&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.
Centro de telessaúde hospital das clínicas Universidade Federal de Minas Gerais (CTHC-UFMG). Treino prevenção de quedas. 2017 [cited 2019 feb 04]. Available from: https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/8801.
Irigaray TQ, Schneider RH, Gomes I. Effects of a cognitive training on the quality of life and well-being of healthy elders. Psicologia: Reflexão e Crítica 2011, v. 24, n. 4, p. 810-818.
Tavares, L. Estimulação em idosos institucionalizados: efeitos da prática de atividades cognitivas e atividades físicas. 2007. Dissertação - Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina.
Rabelo DF. Comprometimento Cognitivo Leve em Idosos: avaliação, fatores associados e possibilidades de intervenção. Revista Kairós: Gerontologia 2009, v. 12, n. 2.
Simarro FL. Inercia terapéutica. Causas y soluciones.
Hipertensión y Riesgo Vascular 2012. Barcelona, v. 29, n. 1, p. 28-33.