SAÚDE BUCAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: CONHECENDO A ATUAÇÃO DAS EQUIPES EM SOBRAL‐CE
Resumo
Na perspectiva de ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, o Ministério da Saúde incluiu, em 2001, as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal no contexto do Programa Saúde da Família. Neste sentido, esta pesquisa se propôs a conhecer a atuação das primeiras Equipes de Saúde Bucal (ESB), em Sobral‐CE, através de um estudo descritivo e enfoque retrospectivo, com abordagem quali‐quantitativa. A população constituiu‐se de 17 ESB e 237 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sendo a amostra representada por 14 cirurgiões‐dentistas (CD) e 24 ACS. O estudo foi realizado no período de março a agosto/2003, nas Unidades de Saúde do município, através de entrevistas. A análise dos resultados nos permitiu verificar que a inserção das ESB causou um impacto positivo no trabalho do setor de odontologia do município. Houve um maior direcionamento da atenção para ações de promoção de saúde, principalmente nas atividades com grupos. Percebemos que os ACS desenvolvem ações importantes como as orientações gerais de saúde bucal, os encaminhamentos ao setor odontológico e o papel de mediador entre a comunidade e as ESB. Finalmente, reafirmamos a relevância das ESB no contexto da Estratégia Saúde da Família para a promoção à saúde da população.
Referências
BARRETO, I.C.H.C. et al. Residência em saúde da família: desafio na qualificação dos profissionais na atenção primária. Revista Sanare, Sobral, v. I, no 1, p. 18‐26, out. /dez. 1999.
BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria no 673, de 03 de junho de 2003. Brasília, 2003.
_______, Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. RESOLUÇÃO No 196, de 10 de outubro de 1996. Brasília. 1996.
CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL, 1a. Relatório Final. Brasília, outubro 1986.
CORDÓN, J. A. A construção de uma agenda para a saúde bucal coletiva. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 557‐563, jul‐set. 1997.
DICKSON, M.; ABEGG, C. D. Desafios e oportunidades para a promoção de saúde bucal. In: BUISCHI, Y. P. Promoção de saúde bucal na clínica odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 2000. p. 40‐71.
MOISÉS, S. T.; WATT, R. Promoção de saúde bucal – definições. In: BUISCHI, Y. P. Promoção de saúde bucal na clínica odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 2000. p. 1‐22.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 6a ed. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco; 1999.
NARVAI, P. C. Avaliação de ações de saúde bucal. Oficina Saúde Bucal no SUS. Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. São Paulo, 1996.
OLIVEIRA, A. G. R. da C.et al. Modelos assistenciais em saúde bucal: tendências e perspectivas. Revista Ação Coletiva, Brasília, v. II, n.1, p.9‐14, jan./mar. 1999.
PUSTAI, O. J. O sistema de saúde no Brasil. In Ducan, B. B.; SCHIMIDT, M. I.; Giugliani, Elsa R. J. et al. Medicina Ambulatorial: Condutas Clínicas em atenção Primária. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1996.
SILVEIRA Fo, A. D. et al. Os dizeres da boca em Curitiba: boca maldita, boqueirão, bocas saudáveis. Rio de Janeiro: CEBES, 2002. 193 p.
SOUSA, M. F.de. A cor – agem do PSF.São Paulo: Ed. Hucitec, 2001.128p.
VIANA, A L. D.; DALPOZ, Mario Roberto. A Reforma do Sistema de Saúde no Brasil e o Programa de Saúde da Família. Physis – Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 8 (2), 1998.
ZANETTI, C. H. G. Opinião: A inclusão da saúde bucal nos PACS/PSF e as novas possibilidades de avanços no SUS, 2001. Disponível em: http://www.saudebucalcoletiva.unb.br. Acesso em: 15 mai. 2002.