SAÚDE DA FAMÍLIA EM RORAIMA: PERCEPÇÃO E PREFERÊNCIAS DOS USUÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.36925/sanare.v20i2.1501Abstract
O estudo objetiva analisar a percepção dos usuários da Atenção Primária sobre a Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como suas preferências entre seus serviços e os serviços hospitalares. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde, com 15 usuários da Atenção Primária da cidade de Boa Vista, Roraima, Brasil. Aplicou-se entrevista semiestruturada, que foi gravada. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temática. Alguns dos entrevistados demonstraram uma percepção acerca da ESF condizente com a sua real proposta. A maior parte dos entrevistados demonstrou desconhecimento sobre o que é a Estratégia Saúde da Família, porém a maioria apresentou preferência pelos seus serviços quando comparados aos serviços hospitalares. Conclui-se que a população vem, aos poucos, incorporando uma percepção do real objetivo da estratégia como porta de entrada dos serviços de saúde, tendo preferência por esse nível de atenção à saúde em comparação ao nível terciário.
References
Mendes EV. 25 anos do Sistema Único de Saúde: resultados e desafios. Estud av. 2013; 27(78):27-34.
Macinko J, Harris MJ. Brazil’s Family Health Strategy – Delivering Community-Based Primary Care in a Universal Health System. N Engl J Med. 2015; 372(23):2177-81.
Rocha RM, Padilha MA. Um debate possível: o saber fazer da promoção da saúde. Rev Bras Pesq Saúde. 2016; 18(4):4-6.
Neves RG, Flores TR, Duro SMS, Nunes BP, Tomasi E. Tendência temporal da cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil, regiões e Unidades da Federação, 2006-2016. Epidemiol Serv Saúde. 2018; 27(3).
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [document on the internet]. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. 2017 set. 21 [cited 2018 Nov 8]. Available from: http://www.brasilsus.com.br/index.php/legislacoes/gabinete-do-ministro/16247-portaria-n-2-436-de-21-de-setembro-de-2017.
Souza CM, Gianluppi MVP. Implantação do programa saúde da família no estado de Roraima. Rev bras enferm. 2000; 53:135-7.
Secretaria de Atenção à Saúde. Indicadores - Serviços Especializados [document on the internet]. 2018 [cited 2018 Nov 24]. Available from: http://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_
Especialidades_Listar.asp?VTipo=101&VListar=1&VEstado=14&VMun=&VComp=201704&VTerc=&VServico=&VClassificacao=&VAmbu=&VAmbuSUS=&VHosp=&VHospSus
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico [homepage on the internet]. 2018 [cited 2018 May 24]. Available from: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rr/boa-vista/panorama
Barbosa LA, Oliveira CC, Dantas TM. Percepção de usuários da Atenção Primária sobre a estratégia de Saúde da Família. Saude Transf Soc. 2012; 3 (4):37-43.
Lopes CE, Abib JAD. Teoria da Percepção no Behaviorismo Radical. Psic Teor e Pesq. 2002; 18(2):129-37.
Arantes LJ, Shimizu HE, Merchán-Hamann E. Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciênc saúde colet. 2016; 21(5):1499-1510.
Benjumea CC. La calidad de la investigación cualitativa: de evaluarla a lograrla. Texto contexto enferm. 2015; 24(3):883-90.
Gale NK, Heath G, Cameron E, Rashid S, Redwood S. Using the framework method for the analysis of qualitative data in multi-disciplinary health research. BMC med res methodol. 2013; 13:117.
Saunders B, Sim J, Kingstone T, Baker S, Waterfield J, Bartlam B, et al. Saturation in qualitative research: exploring its conceptualization and operationalization. Qual Quant. 2018; 52:1893-1907.
Fusch PI, Ness LR. Are We There Yet? Data Saturation in Qualitative Research. Qual Rep. 2015; 20(9):1408-16.
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2008.
Malta DC, Santos MAS, Stopa SR, Vieira JEB, Melo EA, Reis AAC. A Cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciênc saúde colet. 2016; 21(2):327-38.
Santos, RM, Ribeiro LCC. Percepção do usuário da estratégia saúde da família sobre a função do enfermeiro. Cogitare enferm. 2010; 15(4).
Ceccim RB, Silva SMNB, Benício LFS, Macedo KPS, Neto CSC, Mesquita KO, et al. Plano estadual de educação permanente em saúde: um como fazer com base no nordeste brasileiro. Sanare (Sobral, Online). 2021; 20(1).
Silva TR, Motta RF. A percepção dos usuários sobre a política de saúde na atenção básica. Mudanças - Psicologia da Saúde. 2015; 23(2):17-25.
Almeida MM, Coutinho LS, Santos MS. Nurse as a hospital manager in primary care: integrative review. ReonFacema. 2017; 3(4):765-74.
Lopes GVDO, Menezes TMO, Miranda AC, Araújo KL, Guimarães ELP. Acolhimento: quando o usuário bate à porta. Rev bras enferm. 2014; 67(1):104-10.
Castro CP, Oliveira MM, Campos GWS. Apoio Matricial no SUS Campinas: análise da consolidação de uma prática interprofissional na rede de saúde. Ciênc saúde colet. 2016; 21(5):1625-36. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232015215.19302015
Esmeraldo GROV, Oliveira LC, Filho CEE, Queiroz DM. Tensão entre o modelo biomédico e a estratégia saúde da família: a visão dos trabalhadores de saúde. Rev APS. 2017; 20(1):98-106.
Fertonani HP, Pires DEP, Biff D, Scherer MDA. The health care model: concepts and challenges for primary health care in Brazil. Ciênc saúde colet. 2015; 20(6):1869-78.
Anderson MIP, Armadillo MLR, Díaz NT, Maria SCF. Cobertura Universal en Salud, Atención Primaria y Medicina Familiar. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2016; 11(1):4-30.
Rodrigues RD, Anderson MIP. Integralidade e Complexidade na Medicina de Família e Comunidade e na Atenção Primária à Saúde: aspectos teóricos. In: Gusso G, Lopes JMC, organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed; 2012. p. 819-831.
