ADESÃO AO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: ESTUDO CASO CONTROLE
DOI :
https://doi.org/10.36925/sanare.v22i1.1635Résumé
Investigou-se a associação da adesão ao protocolo de prevenção no controle do câncer de colo do útero com o número de casos confirmados na Estratégia Saúde da Família (ESF), por intermédio de um estudo de caso-controle retrospectivo, realizado em 2019, no município de Amparo, São Paulo. A amostra constituiu-se de 102 mulheres assistidas pela ESF, na proporção de 1:1, entre os grupos. O desfecho foi a confirmação do câncer de colo do útero divulgado pelo exame laboratorial e presente no prontuário. Foram consideradas variáveis independentes (idade, raça, escolar idade, estado civil, número de filhos e adesão ao protocolo preventivo). Aplicou-se análise de regressão logística múltipla. A maior ia era branca (79,4%), com ensino médio incompleto/completo (28,4%) e com companheiro (56%). No grupo caso (com resultado positivo do exame), 84,3% das mulheres não aderiram ao protocolo; já no grupo controle, 32,4% das mulheres não aderiram (p< 0,05). Na análise final, observou-se que mulheres com idade ≤43 anos (IC95%:1,40-4,53), sem filhos (IC95%: 1,09-3,88) e que não aderiram ao protocolo para a prevenção do câncer de colo do útero tiveram mais chance de desenvolver a doença (IC95%: 1,18-4,87). A não adesão ao protocolo de prevenção aumenta a chance de ocorrência do câncer de colo do útero, evidenciando a urgência de reforçar essa estratégia.