CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR E RISCO PARA SÍNDROME DE BURNOUT DE TRABALHADORES DE UM HOSPITAL DO SUL CATARINENSE
DOI:
https://doi.org/10.36925/sanare.v23i2.1816Resumo
O ambiente de trabalho hospitalar é notoriamente associado a altos níveis de estresse ocupacional, que pode ter um impacto direto e significativo no comportamento alimentar dos indivíduos. Este estresse é influenciado por uma combinação complexa de fatores psicológicos, sociais e culturais, refletindo a carga intensa enfrentada pelos profissionais da saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar como o estresse influencia o comportamento alimentar entre trabalhadores de um hospital, utilizando uma abordagem detalhada. Para a coleta de dados, foram empregados um questionário clínico, o Questionário Holandês de Comportamento Alimentar e a escala de Burnout. A amostra incluiu 45 trabalhadores, com uma predominância significativa de mulheres (95%) e uma média de idade de 35,88 ± 11,68 anos. Os resultados revelaram que a alimentação emocional foi o padrão mais prevalente, identificado em 33,73% dos participantes. Isso indica uma tendência de buscar conforto alimentar como resposta ao estresse. Além disso, 77,7% dos participantes estavam em risco de desenvolver burnout, evidenciando a alta carga emocional a que estão expostos. Observou-se também uma associação significativa entre comportamento alimentar e idade (p=0,008), sugerindo que trabalhadores mais jovens podem apresentar comportamentos alimentares mais problemáticos, possivelmente devido a pressões e desafios específicos dessa faixa etária. Esses achados ressaltam a necessidade de intervenções focadas tanto na gestão do estresse quanto na promoção de hábitos alimentares saudáveis.