TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO PARA ESTUDANTES DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Résumé
A territorialização é uma ferramenta para o planejamento das ações de saúde que possibilita a identificação dos aspectosambientais, sociais, demográficos e econômicos e dos principais problemas de saúde em determinada área. Quando estruturada
a partir da territorialização, a formação de profissionais da saúde compreende o cotidiano da gestão setorial e a estruturação
dos serviços, onde o usuário é entendido como coparticipante do processo saúde-doença. Este estudo teve por objetivo refletir
sobre a contribuição da territorialização para a formação no curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) em seu
campus de Sobral. Trata-se de relato de experiência, com abordagem qualitativa, de atividade de territorialização realizada por
alunos de graduação no segundo semestre de 2014, no contexto da disciplina “Atenção Básica à Saúde”. A atividade ilustra
a territorialização em 6 Unidades Básicas de Saúde (UBS) selecionadas em Sobral. Um Agente Comunitário de Saúde (ACS)
foi designado para acompanhar o grupo de alunos de graduação em sua rotina de trabalho, demonstrando como monitora seu
território de atuação. Constatou-se que o contato com as condições de saúde locais, uma das características das UBS, é decisivo
para a aquisição de habilidades clínicas e para um aprendizado adequado do processo saúde-doença.
Références
Faria RM. A territorialização da atenção primária à
saúde no Sistema Único de Saúde e a construção de uma
perspectiva de adequação dos serviços aos perfis do
território. Hygeia [serial on the internet]. 2013 [cited 2017
May 12];9(16):131-47. Available from: http://www.seer.ufu.
br/index.php/hygeia/article/view/19501/12458
Brasil. Lei n. 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Lei
orgânica da Saúde. Diário Oficial da União, Brasília (1990
Sep 20); Sec 1.
Campos MAF, Forster AC. Percepção e avaliação dos alunos
do curso de Medicina de uma escola médica pública sobre a
importância do estágio em Saúde da Família na sua formação.
Rev Bras Educ Méd [serial on the internet]. 2008 [cited 2017
May 12];29(1):83-9. Available from: http://www.scielo.br/
pdf/rbem/v32n1/11.pdf
Carvalho PIN, Brandão SASM, Santos AMB, Vilarinho
MLCM, Moura DS, Machado TMG. Territorialização enquanto
ferramenta norteadora das ações de enfermagem na Estratégia
de Saúde da Família. Sanare (Sobral, Online) [serial on
the internet]. 2015 [cited 2017 May 12];14(Suppl 1):91.
Available from: file:///D:/715-1571-1-SM.pdf
Brasil. Princípios e diretrizes para a gestão do trabalho
no SUS (NOB/RH-SUS). 3. ed. Brasília (DF): Ed. Ministério da
Saúde; 2005.
Brasil. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília
(DF): Ed. Ministério da Saúde; 2012.
Brasil. Caminhos para a educação permanente em saúde:
polos de educação permanente em saúde. Brasília (DF): Ed.
Ministério da Saúde; 2004.
Ceccim RB, Feuerwerker LCM. O quadrilátero da formação
para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle
social. Physis [serial on the internet]. 2004 [cited 2017 May
;14(1):41-65. Available from: http://www.scielo.br/pdf/
physis/v14n1/v14n1a04.pdf
Bulgarelli AF, Souza KR, Baumgarten A, Souza JM, Rosing
CK, Toassi RF. Formação em saúde com vivência no Sistema
Único de Saúde (SUS): percepções de estudantes do curso
de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), Brasil. Interface Comun Saúde Educ [serial on
the internet]. 2014 [cited 2017 May 12];18(48):177-86.
Available from: file:///D:/8Forma%C3%A7%C3%A3o-emsa%
C3%BAde-com-viv%C3%AAncia.pdf
Brasil. Resolução CNE n. 3, de 20 de junho de 2014.
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Medicina. Brasília (DF): Ministério da Educação; 2014.
Lira RCM, Lira GV, Machado TT. Impactos educacionais da
atividade de territorialização na percepção dos estudantes
do curso de Medicina da UFC/SOBRAL. Sanare (Sobral, Online)
[serial on the internet]. 2011 [cited 2017 May 12];10(1):35-
Available from: file:///D:/141-265-1-SM.pdf
