DESEMPENHO FUNCIONAL E PERCEPÇÃO DA DOR NA LOMBALGIA CRÔNICA APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE BACK SCHOOL

Autores

  • Jefferson Carlos Araujo Silva
  • Ana Mayara Barros Oliveira
  • Fernanda Oliveira Sousa
  • Tannara Patrícia Silva Costa
  • Fuad Ahmad Hazime

Resumo

Este estudo objetivou verificar o efeito de um programa de Back School na percepção da intensidade da dor e incapacidade
funcional em pacientes com dor lombar crônica. Trata-se de uma pesquisa longitudinal, quantitativo, desenvolvido na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), campus Parnaíba-PI. A amostra foi composta de 18 pacientes com diagnóstico médico de dor lombar crônica. Os pacientes foram avaliados e responderam ao questionário de incapacidade funcional de Roland-Morris e a Escala Analógica de Dor (EAD), antes e após aplicação de um protocolo de Back School. O Teste t Pareado (Software Graph Pad Prism) foi aplicado para identificar diferenças pré e pós-Back School (p<0,05). A análise dos dados revelou diferenças significativas na percepção da intensidade da dor, porém não houve diferença na capacidade funcional.
A analgesia promovida pelo programa de Back School pode ser resultado de uma maior conscientização dos participantes quanto à adoção de posturas menos impactantes para coluna vertebral e ao emprego de exercícios preventivos para manutenção de uma boa postura. A reeducação de maus hábitos e vícios posturais associados ao arsenal terapêutico disponível na fisioterapia pode potencializar a reabilitação do paciente, diminuir as reincidências e impedir a evolução para as condições crônicas. Conclui-se que o programa de Back School diminui a percepção da intensidade da dor dos pacientes com lombalgia crônica, todavia novos estudos são necessários aplicando-se este programa em um ensaio clínico randomizado e duplo cego, bem como em diferentes condições patológicas que desencadeiam a dor lombar.

Referências

Helfenstein Junior M, Goldenfum MA, Siena C. Lombalgia

ocupacional. Rev Assoc Med Bras. 2010; 56(5):583-9.

Tavafian SS, Jamshidi A, Mohammad K, Montazeri A.

Low back pain education and short term quality of life: a

randomized trial. BMC Musculoskeletal Disorders 2007; 8:21.

Almeida ICGB, Sá KN, Silva M, Baptista A, Mattos MA,

Lessa I. Prevalência de dor lombar crônica na população da

cidade de Salvador. Rev Bras Ortop. 2008; 43(3):96-102.

Heymans MW, Vet HCW, Bongers PM, Koes BW, Mechelen

WV. Back schools in occupational health care: design of a

randomized controlled trial and cost-efeectiveness study.

Jounal of Mnipulative and Physiological Therapeutics 2004;

(7):457-65.

Kreling MCGD, Cruz DALM, Pimenta CAM. Prevalência de

dor crônica em adultos. Rev Bras Enferm. 2006; 59(4):509-

Ferreira MS, Navega MT. Efeitos de um programa de

orientação para adultos com lombalgia. Acta Ortop Bras.

; 18(3):127-31.

Silva MC, Fassa ACG, Vall NCJ. Dor lombar crônica em

uma população adulta do sul do Brasil: prevalência e fatores

associados. Cad Saude Publica 2004; 20(2):377-85.

Cesar SHK, Brito Junior CA, Battistella LR. Análise da

qualidade de vida em pacientes de Escola de Postura. Acta

Fisiatr. 2004; 11(1):17-21.

Caraviello EZ, Wasserstein S, Chamlian R, Masiero

D. Avaliação da dor e função de pacientes com lombalgia

tratados com um programa de Escola de Coluna. Acta Fisiatr.

; 12(1):11-4.

Andrade SCA, Araújo AGR, Vilar MJP. Escola de Coluna:

revisão histórica e sua aplicação na lombalgia crônica. Rev

Bras Reumatol. 2005; 45(4):224-8.

Brox JI, Storheim K, Grotle M, Tveito TH, Indahl A, Eriksen

HR. Systematic review of back schools, brief education and

fear-avoidance training for chronic low back pain. The Spine

Journal 2008; 948-58.

Braccialli LMP, Vilarta R. Aspectos a serem considerados

na elaboração de programas de prevenção de prevenção e

orientação de problemas posturais. Rev Paul Educ Fis. 2000;

(2):159-71.

Tsukimoto GR, Riberto M, Brito CA, Battistella LR.

Avaliação longitudinal da Escola de Postura para dor lombar

crônica através da aplicação dos questionários Roland Morris

e Short Form Health Survey (SF-36). Acta Fisiatr. 2006;

(2):63-9.

Martins MRI, Foss MHDA, Santos Júnior R, Zancheta M,

Pires IC, Cunha AMR, et al. A eficácia da conduta do Grupo

de Postura em pacientes com lombalgia crônica. Revista Dor

; 11(2):116-21.

Tobo A, Khouri ME, Cordeiro Q, Lima MC, Brito Júnior CA,

Battistella LR. Estudo do tratamento da lombalgia crônica

por meio da Escola de Postura. Acta fisiatr. 2010; 17(3):112-

Oliveira ES, Gazetta MLB, Salimene ACM. Dor crônica sob

a óticados pacientes da Escola de Postura da DMR HC FMUSP.

Acta Fisiatr. 2004; 11(1):22-6.

Ues ME, Moraes JP. Escola postural para a terceira idade.

Rev UFRGS 2003; 8(8):07.

Mooney V. Where is the pain coming from? Spine 1987;

:754-9.

Chung TM. Escola de Coluna. Acta Fisiatr. 1996; 3(2):13-

Heymans MW, Van TMW, Esmail R, Bombardier C, Koes BW.

Back schools for nonspecific low back pain: a systematic

review within the framework of the Cochrane Collaboration

Back Review Group Spine 2005; 30(19):2153-63.

Souza AS, Oliveira NTB, Santos I, Oliveira MS, Gonçalves

MMB. Efeitos da escola de postura em indivíduos com

sintomas de lombalgia crônica. ConScientia e Saúde 2010;

(3):497-503.

Downloads

Publicado

01.10.2014

Como Citar

Araujo Silva, J. C., Barros Oliveira, A. M., Oliveira Sousa, F., Silva Costa, T. P., & Hazime, F. A. (2014). DESEMPENHO FUNCIONAL E PERCEPÇÃO DA DOR NA LOMBALGIA CRÔNICA APÓS APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE BACK SCHOOL. SANARE - Revista De Políticas Públicas, 13(1). Recuperado de https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/426