MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL (2013 A 2021): ANÁLISE DESCRITIVA.
Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o tumor maligno mais comum em mulheres. Fatores sociais ligados à mortalidade incluem condições socioeconômicas desfavoráveis, fator que resulta em diagnósticos em estágios avançados. No Brasil, exceto tumores de pele não melanoma, é a neoplasia mais prevalente entre mulheres em todas as regiões. OBJETIVO: Este estudo visa analisar o perfil de mortalidade por câncer de mama e identificar as características predominantes relacionadas a esses óbitos. METODOLOGIA: Utilizou-se a plataforma DATASUS/Tabnet, da qual foram extraídos dados de janeiro de 2013 a dezembro de 2021. As variáveis analisadas foram sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade e estado civil. RESULTADOS: O estudo identificou 6.300 óbitos no período, com destaque para Rondônia, Amazonas e Tocantins. A média regional de óbitos aumentou de 78,4 (2013) para 115,4 (2021), sendo notável o aumento durante a pandemia de covid-19. Em 2018, as taxas de mortalidade aumentaram, exceto em Rondônia. Em 2020, Amazonas liderou as taxas de óbitos, seguido por Tocantins, enquanto Amapá teve as menores taxas. Predominantemente, mulheres (98%) foram afetadas, principalmente na faixa etária de 50 a 59 anos (26,1%), com 8 a 11 anos de escolaridade (29,5%) e casadas (36,3%). CONCLUSÃO: Evidencia-se que a população mais acometida pelo câncer de mama na região Norte é composta de mulheres pardas, de 50 a 59 anos, com 8 a 11 anos de escolaridade, casadas. A pesquisa destaca a necessidade urgente de políticas públicas eficazes, considerando a influência crucial do acesso aos serviços de saúde.